Obrigado Panini

Faleceu há não mais de 15 dias Franco Cosimo Panini, o criador das miticas colecçoes de cromos da minha infância. Faleceu em Modena, aos 70 anos, o responsável por muitas (e boas) recordações do meu tempo de menino, das cadernetas de cromos, sobretudo as de futebol (especialmente as das grandes competições internacionais), dos cromos impossíveis de sair (e todos conheciamos alguem que conhecia alguem que o tinha… e não o trocava por nada!), da compra das carteirinhas de 5 cromos a 20 escudos, do maço de cromos repetidos, da troca no recreio da escola, nos 10 minutos de intervalo, da colagem (e recolagem até à perfeição) dos cromos, da lista dos que faltavam (até atingir a mitica contagem de 30… quando já podia pedir por correio!), enfim, uma montanha russa de emoções bem guardadas para sempre!

A minha primeira colecção (é melhor dizer do meu pai já que ele é que os colava e guardava religiosamente a caderneta para ninguém a estragar, ou seja, a colecção era minha mas ele é que se divertia…) foi uma do Dartacão! Seguiram-se outras, sobretudo BD, a do Robin Hood (que era uma raposa!) foi a que ficou guardada nas recordações da memória, mas as colecções sérias começaram com o euro’88 e, sobretudo, Italia’90! A única que completei por completo foi a do Euro’92, na Suécia, que guardo religiosamente.

Ficam os bons momentos, fica inclusivé a última colecção, incompleta, a do Mundial’98 na França. Já sem troca de cromos, apenas particular. Talvez daí o meu abandono, a falta de interesse. Talvez um dia mais tarde, com crianças a cuidar, retome esta paixão. Obrigado Panini pelas recordações eternas.