Semana Europeia: 1 - Champions League (Jogo 2)
A 2ª jornada da Liga dos Campeões trouxe de novo às equipas portuguesas poucos motivos para sorrir. Se a primeira ronda resultou numa vitoria e em dois empates, da segunda ronda sobrou um único empate, promovendo deste modo a inevitabilidade de excelentes resultados no duplo confronto da 3ª e 4ª jornadas, sobretudo para Benfica e FC Porto, frente a Celtic e Hamburgo, respectivamente.
Começando pelo FC Porto, a visita ao novo estádio do Arsenal, o magnifico Emirates Stadium, resultou numa enorme frustação colectiva. A equipa não atacou e não defendeu, limitou-se a ver jogar o adversário. Se, por um lado, é necessário dar mérito a um Arsenal que chegou a roçar a perfeição, por outro é inevitável condenar as opções tácticas e a escolha de jogadores de Jesualdo Ferreira que, embora novato nestas andanças, deveria ter uma noção mais exacta do valor do adversário. E digo isto porque, se Jesualdo reforçou o flanco defensivo esquerdo, a ironia é que foi precisamente por aí que o Arsenal jogou a seu bel-prazer, aproveitando o deficiente entendimento entre Ricardo Costa (um desastre) e Marek Ceh. Se o objectivo era aniquilar a força atacante dos extremos arsenalistas, o feitiço virou-se contra o feiticeiro. Não foi somente por aí que o FC Porto perdeu o encontro, uma vez que Anderson, Lucho, Quaresma e Postiga estiveram apáticos e sem soluções atacantes, mas em abono da verdade a invenção táctica de Jesualdo tornou inevitável a derrota. A rever, sobretudo nos proximos jogos com o Hamburgo, verdadeiramente decisivos para os dragões seguirem em frente na competição e, inclusivé, seguirem em ultima instância para a taça uefa!
No estádio da Luz faltou ao Benfica a felicidade que teve na epoca anterior, onde até um tamanco como o Beto marcou aos Red Devils! Mas, por muito que se queixe da sorte, a verdade é que o Benfica teve apenas uma excelente situação para marcar, por Nuno Gomes! Sendo assim, e contra uma equipa de grande qualidade, não se poderia cometer deslizes defensivos. E, se Anderson confirma que não é o defesa fabuloso como muitos tentam a todo o custo iludir os portugueses, ainda sobrou tempo para Quim evitar, na mesma jogada, o segundo golo por 3 vezes! Ora, se o Benfica fez realmente um bom jogo, também é verdade que só ganha quem marca! A era do futebol bonito e sem balizas já acabou no futebol português e o Benfica fica com a vitória moral e somente um ponto á entrada para a 3ª ronda. A ver vamos como se safará no duplo confronto com os escoceses do Celtic. E não vale a pena Fernando Santos agarrar-se ao tercinho e apelar pela santinha porque a equipa adversária é conhecida como “os católicos”!... lá se foi a ajudinha divina…
Por ultimo, em Moscovo e, pela primeira vez, num relvado sintético, o Sporting ganhou um ponto. E digo ganhou porque, a existir um vencedor, esse teria de ser o Spartak de Moscovo, tal a forma como criou mais portunidades e dominou a maior parte do jogo. Mas o Sporting também tem mérito no resultado que obteve já que, para além da contrariedade de sofrer um golo no primeiro remate do adversário, teve de se adaptar, e rapidamente, até por força da desvantagem no marcador, a um recinto de jogo que era novidade para todos os seus jogadores e mais apropriado a jogar de sapatilhas do que de chuteiras. Mas, a partir do momento do golo de Nani (excelente jogada colectiva e finalização em estilo) o Sporting tomou, paulatinamente, as redeas do encontro, ficando até a sensação que, se realmente fosse necessária a vitória a todo o custo, a equipa alcançaria o triunfo. Naturalmente que Paulo Bento jogou pelo seguro, e só ao fim das seis jornadas se saberá se esses 2 pontos fizeram ou não falta. Mas atenção que não é seguro afirmar que o Sporting chegaria á vitória caso tivesse apertado mais nos ultimos 15 minutos, até porque, como se viu na ultima jogada do encontro, os russos parecem ser peritos na arte do contra ataque. Repito, foi um ponto ganho pelo Sporting que, seguramente, não vê com maus olhos uma possível qualificação para a Taça Uefa.
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