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sexta-feira, outubro 20, 2006

Semana Europeia: 1 - Champions League (Jogo 3)

Mais uma jornada da Liga dos Campeões, desta feita com 1 vitoria lusitana para 2 derrotas. No somatório da primeira volta, Portugal leva 2V 3E 4D. Não é um score positivo, nem lá perto, mas pode ser melhorado nesta segunda volta, decisiva para todos eles. Verdade seja dita que, à partida, favoritos à passagem à segunda fase eram Porto e Benfica, sendo o Sporting candidato à passagem à taça uefa. Neste momento, em teoria, creio que as equipas portuguesas poderão considerar como um objectivo realizável a passagem de todas elas à taça uefa. O que não quer dizer que não devam lutar por algo mais, sobretudo Porto e Sporting.

FC Porto 4 Hamburgo 1


O Porto despachou o Hamburgo com terrivel eficácia e superioridade. Superioridade essa que se revelou fundamentalmente na concretização, já que o Hamburgo até nem fez o jogo defensivo e destrutivo do CSKA. A bem do futebol, diga-se. Postiga e Lisandro confirmam-se como a melhor dupla atacante portista, Anderson foi fundamental para abrir o marcador e acalmar os animos dos colegas, e Quaresma já foi Quaresma. Houve de facto uma má arbitragem, com um penalti por assinalar a favor do Porto, mais uns cartões a mostrar aos alemães, alguns deles que dariam a expulsão, houve igualmente um golo mal anulado ao Hamburgo e a validação incorrecta do terceiro golo portista. Mas atenção, não foi por aí que o Porto venceu! Alias, na minha opinião, foram os próprios alemães que cavaram a sua sepultura, com erros infantis no primeiro e segundo golo, proprios de uma equipa que atravessa um péssimo momento, que se reflecte na ausencia de vitórias nesta epoca. E isso paga-se caro, sobretudo na Liga dos Campeões…

Celtic Glasgow 3 SL Benfica 0


Na Escócia, e perante um Celtic escocetizado, ou seja, carregado de escoceses, o Benfica pagou caro o tremendo esforço da goleada de Leiria. Não me venham dizer que foi uma troca, Alcides e Nelson, que fez a diferença. No passado sabado, se pudessem, os jogadores encarnados teriam marcado 10 golos! Se o jogo tivesse mais uma hora eles teriam jogado no máximo. É bonito mas é tambem burrice, com um jogo da importancia do Celtic, tres dias depois! Tinha já dito que mais importante que brilhantismo nas exibições era consistência nos resultados, e disse isso porque estava a prever o descalabro benfiquista. Um resultado que peca por excesso, uma vez que o Benfica até teve, estatisticamente, melhor que o Celtic, menos no capitulo da finalização. Um banho de realidade para equipa e adeptos e, após a reconfortante goleada que se espera frente ao Estrela, seguem-se mais duas doses de realidade, frente a Porto e Celtic, novamente. A ver vamos de que estofo é feito este Benfica. E, já agora, pede-se a Fernando Santos para não fazer constantemente aquela cara de enterro nas flash-interviews. É impressionante o homem, até consigo ficar com pena da desgraça dele, mesmo que não saiba qual é a desgraça!

Sporting CP 0 Bayern Munique 1


Por fim em Alvalade os putos, embora refilões e cheios de pujança na vespera, tremeram e assustaram-se perante o papão alemão! Aqueles primeiros 20 minutos eram suficientes para arrasar um stock de Dodot’s em qualquer mini mercado! Tão borradinhos eles ficaram, que carago! Confesso a minha desilusão, sobretudo após o golo, onde temi com convicção que o menu goleada já teria sido encomendado. A minha pouca fé veio ao de cima, e confesso que estou arrependido. Paulo Bento não tem experiência destas andanças, nem mesmo quando era jogador, os jogadores leoninos, todos juntos, têm menos jogos de Liga dos Campeões que o retirado Jorge Costa, era fácil prever um descalabro assim que começasse o mau tempo, ou seja, um resultado adverso perante uma equipa de top. Mas a equpa e o treinador deram uma prova de valor, de tranquilidade, de confiança nas suas reais capacidades. Acabar o jogo com 22 remates e 10 cantos é reflexo do que acabo de escrever. Ajudou naturalmente o facto de Schweinsteiger ter sido expulso no inicio da segunda parte, embora nada haja a apontar à decisão do arbitro. Mas isso não implica que não tenha sido uma má arbitragem, embora repartisse os males pelas aldeias. Começou beneficiando o Sporting ao não apontar penalti e expulsando Caneira aos 10 minutos, mas depois encontrou formas de compensar o erro, ao não expulsar Pizarro por agressao a Caneira aos 16 minutos, ao não marcar duas faltas á entrada da area defendida pelos barbaros e, pior, não ter assinalado penalti perto do final, por falta de Sagnol sobre Tonel, impedindo o central de alcançar a bola após cruzamento. Não, o Sporting não pode atribuir a culpa da derrota ao arbitro, foi mérito do Bayern e de Kahn misturado com alguma dose de infelicidade. Melhores dias virão, seguramente, mas se a atitude dos ultimos 70 minutos se mantiver, não há que temer o futuro.



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