1/2F Mundial'06:Portugal - 0 França - 1
Chegar a uma meia final era o desejo das 32 selecções presentes na competição. Quer dizer, tirando o Brasil, para quem só chegar à final seria uma campanha bem sucedida. Portugal, embora não jogando o futebol que conquistou tantos adeptos por essa Mundo fora, alcançou uma meta que não pode nunca ser menosprezada. Se é verdade que em 1966 tivemos o melhor marcador e jogador da competição e o mundo ficou admirado não pelos resultados, mas pela forma como jogámos, em 2006, quer queiramos quer não, deixámos uma imagem de gente aguerrida, com mais vontade do que engenho. A verdade é que continua por provar que somos capazes de vencer.
O que faltou então para alcançar a final desejada? Bem, faltou um pouco de tudo, mas sobretudo que as 3 estrelas da equipa não falhassem, simultaneamente, num jogo decisivo! Ricardo Carvalho, Deco e Figo ficam ligados a uma derrota que tem tanto de injusta para Portugal como de correcta para o resto do Mundo.
Ricardo Carvalho é um dos melhores centrais do planeta mas cometeu um deslize imperdoável para o seu nível. Uma pequena distracção foi fatal, ainda para mais quando Thierry Henry, tal como Cristiano Ronaldo e tantos outros grandes jogadores... também simula e sabe bem como fazê-lo! É obvio que há contacto mas não o suficiente para derruba-lo se fosse no meio campo. E, para mim, quando um jogador não cai a meio campo, também não deveria cair na grande area! Mas Carvalho, até por saber isto ainda melhor do que eu, não tem desculpa nesse lance.
Deco foi uma desilusão. Começou excelentemente o jogo mas, em 15 minutos, perdeu o tino e foi triste ver Figo, por duas vezes, completamente sozinho na lateral e Deco tentar... a jogada individual! Não é este jogador que brilha em Barcelona nem é este jogador que foi naturalizado á pressa para jogar por Portugal. Duvido que o velho Rui Costa fizesse pior...
Luis Figo nunca foi um cabeceador. Não me recordo ver um golo de cabeça marcado por Figo, e eu sigo a carreira dele desde o seu inicio! Bem, vem-me agora à memória um jogo em 1993, um Benfica vs Sporting, disputado logo a seguir ao trágico acidetne do promissor Cherbakov. Aí o Sporting abre o marcador após cabeçada de Figo. Mas um golo em 16 anos de carreira é demonstrativo da falta de "habilidade aerea". Foi portanto um tremendo azar para Portugal ser Figo o homem que surge a cabeçear aquela "bola de golo" a 10 minutos do final, com Barthez já batido. Era só encostar e, embora Postga tenha atrapalhado, não posso desculpar Figo nesse lance. Até porque sinto que alcançado o empate a vitória não fugiria.
A verdade é só uma: Caímos de Pé! É um facto que voltamos a cair perto da grande meta, mas só posso sentir orgulho nesta equipa que, durante um mês, deixou-nos sonhar bem alto!
PS:
Palavra final para Ricardo Carvalho. Logo no final da partida assumiu que cometeu falta para grande penalidade no lance com T. Henry. Um grande jogador e um homem correcto. Um futuro capitão da nossa selecção, sem dúvida
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