Taça da Liga: Sporting 1 Fátima 2

Aquando da paragem das provas nacionais devido aos compromissos das selecções nacionais o Sporting, assim como todos os restantes clubes ainda envolvidos na Taça Carslberg, ficou com praticamente 3 semanas livres para encarar os futuros compromissos desportivos, sendo que a viagem a Roma era, obviamente, tida em grande consideração, mas a dupla jornada frente ao Fátima teria de ser encarada com pragmatismo e sem descurar nunca a hipótese da passagem à fase final da prova, a tal Taça Carslberg ou da Liga. Com mais de 20 dias para preparar o jogo frente à equipa da Liga Vitalis, e sabendo que os leões apresentariam uma equipa com diversos jogadores menos utilizados, não se pode falar em equipa pouco entrosada entre si. E pelos mais variados motivos. Em primeiro lugar porque treinam juntos, duas vezes por dia, há mais de 3 meses! Não são um grupo que se reuniu à pressa para um qualquer jogo de cariz humanitário! Em segundo lugar porque esses mesmos jogadores pouco utilizados até ao momento tinham a obrigação de mostrar aos adeptos e treinador que desejam e merecem participar de forma mais interventiva no onze titular, dando um exemplo de profissionalismo e não de de sanguessugas mercenários. Já não espero muito mais de Farnerud mas de Paredes esperava muito, mas muito mais! E a verdade é que estes sujeitos são puros mercenários, agarrados aos euros que o clube lhes paga ao fim do mês, sem nunca justificarem sequer utilidade como mecos para treino de livres! São dois sacanas que deveriam há muito ter sido corridos do meu clube e espero que o mesmo suceda já em Janeiro próximo.

Não quero com isto retirar mérito aos jogadores do Fátima que encararam o desafio com grande entrega e desejo de se mostrarem para alcançarem um melhor futuro na carreira. O que não implica que sejam melhores profissionais, só que, enquanto uns já dormem à sombra da bananeira, outros ainda procuram a bananeira! Sim, não tenho dúvidas que um Farnerud e um Paredes em inicio de carreira a jogar num Fátima qualquer teriam feito uma jogatana. E um qualquer Falardo com os bolsos cheios nunca teria marcado aquele golo. Infelizmente é assim o mundo do futebol, e aqueles que não são comodistas e lutam para serem reconhecidos como melhores que os restantes acabam por se destacar, já que qualidade muitos têm-na, vontade de trabalhar no duro e alcançar o topo, bem, isso são muitos poucos. Talvez se os contratos fossem assinados por objectivos e os 50 mil, 75 mil ou 100 mil euros não caíssem logo na conta, talvez se Paredes, pelo que tem feito nestes 15 meses de leão ao peito, recebesse somente uns 10% do que tem recebido, talvez, quem sabe, talvez o Sporting tivesse derrotado o Fátima por 6-0 com bis de Carlos Paredes. Mas para que um clube siga esse rumo é necessário que todos o sigam igualmente. Qual é o jogador que quer receber por objectivos cumpridos se o clube do lado lhe oferece dinheiro só para aparecer para treinar?

Aguardo com expectiva o encontro da segunda mão em Fátima para ver se existe ainda um pingo de vergonha na cara de alguns desses novos-ricos. Mesmo com a desvantagem o Sporting tem a obrigação e o dever de se apurar. Por muito bem que o Fátima possa jogar. Não há desculpas.