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domingo, fevereiro 18, 2007

Peseiro, o Chorão!


Peseiro sempre adorou vitimizar-se e parece que esse fetiche ainda se mantém. Na entrevista dada a Record na passada semana o treinador desempregado das Arábias fez questão de recordar a sua afamada passagem por Alvalade, destacando dessa entrevista uma frase que perdurará por muitos anos: “No Sporting fui uma besta”.


Ora meu caro Peseiro, demorou mas finalmente apercebeu-se da verdade: foste realmente uma besta, em muitas maneiras diferentes, mas não na forma que te referiste. É verdade que não caíste no goto dos sportinguistas, que não foste bestial (como Paulo Bento, por exemplo), mas a isso se deve a tua incapacidade para gerir emoções, quer com os adeptos quer, sobretudo, com os jogadores.

A equipa que constituiu o plantel de 2004/05 será recordada para sempre como uma equipa de categoria, que poderia ter conquistado todos os trofeus dessa temporada, que “morreu na praia” em todas as competições que participou. Faltou sorte? Evidentemente que sim. Faltou proteccionismo dos arbitros? Obviamente, o mesmo proteccionismo que ajudou nitidamente o Benfica e tem protegido o FCP da era Pinto da Costa. Mas faltou sobretudo um treinador capacitado para tamanhas façanhas. Peseiro que, em termos académicos, foi superior a Mourinho, vive perseguido pela sua sombra, de tal forma que nessa fatidica epoca até entrou à leão, vaticinando a conquista de todos os trofeus, incluindo a Taça Uefa! Foi motivo de chacota, até porque o arranque de epoca foi vergonhoso! Valeu-lhe a competência e genialidade de um plantel valoroso, que lhe salvou o lugar na goleada aplicada ao Estoril Praia, na Amoreira, em Outubro de 2004, por 4-0! Começava aí a saga de um Sporting inconstante, capaz de grandes jogatanas, como as goleadas ao Boavista (6-1 e 4-0), ao Moreirense (4-0), Rio Ave (5-0), e capaz igualmente de aliar um grande resultado e exibição com uma derrota na semana seguinte. Como queria Peseiro ser bestial aos olhos dos adeptos?

Mas pior que não conseguir estabilidade de resultados e exibições foi não conseguir domar o balneário de jovens de valor mas igualmente de jovens que, na falta de mão segura e disciplinadora, capazes de anarquizar o poder. Foi assim no Sporting de Peseiro como o é em qualquer clube. São raros os jogadores que não precisam de disciplina ferrea para render o máximo. Casos de Rochemback, Polga e Liedson, entre outros, com Mourinho, nunca teriam sucedido. Peseiro, um lider fraco e sem convicção, ao permitir a boca de Rochemback (vai tomar no cu!) cavou a sua própria sepultura. Por muito menos Paulo Bento despachou Beto e castigou severamente Deivid e Polga. Sem disciplina não há êxito possivel e acho inacreditável como Peseiro, passado todo este tempo, ainda não tenha feito mea culpa, preferindo manter-se na via da vitimização.

Como sportinguista tenho saudades de algumas exibiçoes dessa epoca. Mas seguramente não tenho saudades de Peseiro. O futebol profissional não se compadece de individuos frouxos, sem capacidade de liderança e, sobretudo, presas da sua própria teia de vitimização. Pobre Peseiro

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