Taça da Liga: Fátima 2 Sporting 3

A passagem do Sporting por Fátima traduziu-se numa vitória sofrida (injusta para todos os jogadores leoninos à excepção do maravilhoso Liedson!) mas que, inclusivé, poderia ter sido resolvida mais cedo se o arbitro tivesse visto o jogador do Fatima a colocar o braço na trajectória da bola, que seguia para o fundo da baliza. Regras são regras, era expulsão e penalti para os leões, o hipotético 1-1 e todas as probabilidades a favor da continuação da equipa leonina na prova.

Fez-se justiça por linhas tortas. E bem tortas. Como adepto apaixonado do Sporting não tenho muita facilidade em conceder aos “meus adversários” méritos que só os desapaixonados por este desporto facilmente conseguem observar. Sim, e essa especie, quer queiramos ou não, é rara! Mas a verdade, sobretudo porque estavam em confronto duas forças desiguais (em teoria), leva-me a reconhecer a grande exibição dos jogadores do Fátima e, inclusivé, reconhecer desassombradamente, que uma vitória do Fátima na eliminatória não escandalizaria, seria somente o culminar de dois confrontos de excelente nível, demonstrando o porquê do futebol despertar tanta paixão entre os adeptos. É esta capacidade dos teoricamente desfavorecidos agigantarem-se e mostrarem que, com muito trabalho e um pouco de sorte, é possível abater os gigantes que faz do futebol o desporto rei de todos os desportos!

No somatório dos dois jogos o Fátima esteve por 4 vezes (!) em vantagem, mas a 10 minutos do fim Liedson (brilhante, é impressionante como um jogador que começa profissionalmente somente aos 22 anos consegue demonstrar tanto talento natural e uma raça fabulosa, é seguramente o melhor jogador do Mundo sem escola de futebol, o melhor amador a transformar-se profissional, um exemplo para todos os que sonham chegar ao mundo do futebol profissional!) desempata o confronto para dar a primeira e decisiva vantagem aos leões, num jogo onde se notou as evidentes carências psicológicas leoninas, a provar que no desporto é importante estar bem fisicamente mas que a mente joga um papel fundamental no comportamento dos jogadores e da equipa. Porque razão uma equipa como o AC Milan vacila nos jogos no seu terreno, não conquistando qualquer vitória, para jogos da Serie A italiana, desde o passado mês de Abril? E, por outro lado, como consegue uma equipa como o Chelsea caminhar para o centésimo jogo no seu campo, a contar para a Premier League, sem derrotas? Duas equipas do melhor que há, como conseguem resultados diametralmente opostos? E, não esquecendo que o AC Milan conquistou recentemente o maior troféu europeu de futebol (comprovando todo o seu talento…), só sobra questionar as fraquezas e forças mentais e psicológicas que podem bloquear ou reforçar o talento de cada equipa. E, com a sequência de empates e derrota (injusta) em Roma, não é de estranhar este bloqueio leonino em Fátima. Afinal de contas são somente humanos. Tem é de existir, sempre, muita vontade de correr e lutar, mesmo que o talento esteja bloqueado. E Liedson é, neste campo, um exemplo a ser seguido. Vale todos os euros que ganha, por muito que isso provoque azia aos adeptos adversários, que se agarram ao seu ordenado para questionar a politica financeira leonina. Como se os 2 primeiros anos de verde e branco não foram pagos muito abaixo das suas potencialidades. Como se fosse normal um futebolista marcar, em média, 23 golos por epoca, e ainda trabalhar como se fosse um trinco! A inveja é muito feia, ainda para mais quando vemos que, recentemente, os idolos dos adversários, eram Simão e Quaresma, produtos leoninos. Enfim…