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sexta-feira, setembro 07, 2007

LIga BWIN Jornada 2: FC Porto 1Sporting o

Crónica de Um Infiltrado



1. A Entrada

Domingo, 26 de Agosto, 20:45h. Estádio do Dragão. Ou melhor, escadaria frontal à porta 24. Depois de ter recusado, pela terceira vez, a compra de bilhete a individuos que (oh azar dos azares!) têm a companhia doente e têm que se desfazer do bilhete a mais, ouço a primeira manifestação dos 50 mil adeptos: aplausos para Alfredo Murça durante o minuto de silêncio em sua homenagem. Cá fora, desta vez sem a chuva de Novembro de 2005, e já mais dentro da legalidade (só me faltava chamar Ana Maria e ter cabelo comprido…) preparo para a maior das torturas que um adepto de futebol pode sofrer: acompanhar o jogo pelo som que vem de dentro do estádio! Foram 15 os minutos que perdi por atraso da companhia, e não aconselho a ninguém tal martirio. Após entrada e subida da escadaria à Obikwelu, constatei a maravilha que é o bilhete de epoca: observar uma bancada totalmente cheia, onde seria mais fácil encontrar um adepto portista que não estivesse já a insultar o arbitro do que um lugar, é fantástico seguir o meu amigo e, mais depressa do que o PC liga para um arbitro ir lá a casa tomar um cafezinho, já ocupava o lugar correspondente ao bilhete! Se fosse lisboeta não prescindia de um luxo destes.

2. Paulo Bento e a táctica do “deixa-os correr que eles aqui não entram!”

Outra comodidade é poder ver o tempo de jogo no ecrã. Que, lamentavelmente, decide passar grande parte do tempo a mostrar totós a fazer figuras de totós. Porque não usá-los para algo interessante, como estatísticas ao vivo do jogo, tempo de jogo, e outras coisas úteis para quem procura informaçao e não ver um tipo que estava com uma cara que parecia que não cagava há 15 dias! Não vi os primeiros 15 minutos e demorei algum tempo a concentrar-me única e exclusivamente no jogo. Reparei no relvado, um regalo sem dúvida, algo que sempre invejei do Porto. Na quantidade de fotografos colocados junto às linhas de fundo a observarem o jogo pelas oculares. Nas dezenas de stewards que, coitados, não podiam colocar um olho no relvado. Só o lance em que Tarik brilhantemente tira Polga do caminho e cruza para ninguém é que me faz concentrar definitivamente no jogo. Olhei para o ecrã gigante: 22 minutos. Não estava a ver o Sporting a atacar, ainda para mais para grande pena minha já que me encontrava na bancada lateral, mesmo em frente à linha de golo da baliza defendida por Helton na primeira parte. Se queria ver um golo leonino em grande estilo teria de ser nos próximos 22 minutos pensei eu, da posição onde me encontrava um golo leonino na segunda parte só seria bem degustado visto mais tarde na tv. Mas para infelicidade minha Paulo Bento tinha outros planos: a táctica era simples, segurar o adversário e controlá-lo sem o deixar criar perigo. E a verdade é que, tirando esse lance de Tarik o perigo só surgiu através do inevitável Quaresma, num livre onde Stoijkovic, ao contrário do jogo da Supertaça, seria batido se a bola efectivamente fosse à baliza.

3. O sacana do arbitro é lisboeta, o mouro!

Estava o jogo neste ritmo, com o dominio do Porto concedido em larga medida pelo Sporting, quando sucede o primeiro caso do jogo. Bem, não o deveria mencionar aqui já que relato nesta crónica o que presenciei in loco, mas é inevitável fazê-lo até pelo ridiculo da situação. A caminho dos 40 minutos de jogo Ricardo Quaresma agride Miguel Veloso no pé, de tal forma que não o fractura por mero acaso. Onde me encontrava, vi o lance na diagonal e pareceu-me falta mas feita através de contacto entre a chuteira do Quaresma e a canela do Veloso. O que me leva a considerar ridiculo é a reacção da bancada central de imprensa, em frente à qual o lance tinha acabado de suceder. Todos os portistas se levantaram em peso a protestar a marcação da falta, considerando simulação! E os protestos atingiram o estado de cólera quando Pedro Proença exibe a cartolina amarela. Ainda não sabia mas era o primeiro sinal de falta de coragem que Jesualdo Ferreira tanto tinha pedido que não sucedesse. Engraçado mas agora o pequeno roedor não se queixava no banco portista. O silêncio, quando nos interessa, é de ouro. No entanto, os trogloditas, muitos deles com auriculares nos ouvidos (ou seja, ouvindo rádio e sabendo melhor que ninguém que era falta e para vermelho!), vociferavam palavrões contra Miguel Veloso e sobretudo Proença, o tal que era lisboeta e mouro. Um roubo! Um escândalo! Uma vergonha! Até eu, que tenho em Miguel Veloso um exemplo de profissionalismo, correcção e carácter… fiquei na dúvida: terá sido fita? Mas a confusão estava instalada, e os jogadores portistas tiraram daí o devido partido: a seguir é Pedro Emanuel que cotovela Derlei e a plateia volta a denunciar a fita! Mais assobios, mais insultos. Não tarda e o karate kid Bosingwa resolve fazer de João Moutinho saco de pancada e aqui vai disto! Desta vez algumas vozes da plateia deram sinal de sensibilidade, mas mesmo assim não deixaram de invectivar o arbitro: “Oh palhaço, agora é que era amarelo!”. Pois, mal sabiam eles mas de facto tinham razão, o outro não deveria ter sido amarelo, não senhor…

O auge de tanta ignorância atinge-se já nos descontos quando Miguel Veloso, o anti Cristo para os entendedores de bola portistas (agora já percebo porque razão aos olhos deles PC é um cidadão exemplar…) corta, de carrinho e de forma absolutamente limpa uma bola para a lateral, sendo inevitável o posterior derrube do adversário, sem qualquer maleita. Aqui D’El Rei D. Sebastião! Atinge-se o maior coro de assobios em todo o jogo, num lance perfeitamente normal. O jogo termina e metade do desejado pelos portistas estava alcançado: o arbitro estava completamente descontrolado e facilmente manipulável. A vitória não fugiria. E não fugiu!


4. Stoijkovic, o teu irmão não te ensinou nada?

Veio o intervalo e enquanto metade da plateia se dirigia pros comes e bebes (PS: não recomendo as pipocas nem os cachorros quentes, as primeiras só se fazem 2 vezes ao ano, sendo armazendas e posteriormente aquecidas e dos cachorros quentes prefiro nem falar para não incomodar os mais sensíveis… informações recolhidas por quem sabe do que se passa nessas lojas) aproveito para dar uma vista panorâmica ao estádio e é de facto uma bela obra arquitectónica. Começo da segunda metade e novidades interessantes: Paulo Bento mandou avançar o seu exército rumo à fortaleza de Helton. E a força e poderio do exercito leonino não precisou mais de 2 minutos para abanar a outrora sólida linha defensiva portista. Os próprios adeptos soltavam “só dá Sporting”. E só estava a dar até ao fatídico minuto 56, num lance ocorrido mesmo à minha frente, de tão normal e vulgar que fiquei… totalmente na dúvida! Sim, porque no estádio o que acontece ao minuto 56 e 15 segundos, não se repete mais! Nos instantes anteriores a Stoijkovic agarrar a bola só pensei “chuta daí para fora!”. A tal pressão exercida sob Proença atinge novo pico e o arbitro volta a ceder, provando não ter um pingo de coragem. Golo do Porto, àquela distância e com um remate frontal duvido que houvesse alguem no estádio que falhasse. O que me espanta é saber que Vlad, irmão de Stoikovic que jogou nos tempos aureos do Leça na Primeira Divisão, não ter avisado para as decisões arbitrais que tendem sempre para o lado onde a equipa da casa ataca. Culpam Stoijkovic? Eu culpo Vlad, tinha obrigação de avisar o irmão para estas situações, muito embora o Leça fosse um clube que já entrava nas Antas derrotado e com um sorriso nos lábios, vá-se lá saber porquê… (perguntem ao Guímaro).


5. Volta Batta, estás perdoado!

A perder a equipa leonina não se desuniu. Pelo contrário, manteve o equilibrio e a tendência atacante, mesmo que com isso possibilitasse muito espaço para contra ataques portistas. Mas a prova de que o Porto não merecia vencer o encontro viu-se na última meia hora de encontro. Mesmo a ganhar, mesmo podendo jogar em contra ataque, mesmo tendo o arbitro e público do seu lado… Jesualdo Ferreira e sus muchachos optaram por… queimar tempo! Não me lembro, e espero a vossa sinceridade igualmente, de ver o Porto desistir de jogar futebol no seu recinto nos ultimos 15 minutos de jogo. O único objectivo era impedir o adversário de jogar, seja com constantes faltas longe da baliza de Helton, seja com simulações de faltas ao minimo encosto. A piece de resistance do anti jogo portista revelou-se em dois actos: primeiro nas ultimas duas substituiçoes, com os jogadores a percorrerem 50 metros a passo, como se estivessem num qualquer bar do tio Reinaldo. Ao ver tamanha indecência vieram-me lágrimas aos olhos, pobre Rui Costa que foste expulso pelo Marc Batta, o que nos custou a presença no Mundial de 1998! O segundo acto tem origem nos 4 minutos de descontos concedidos pelo arbitro, nos quais a bola não rolou mais de 90 segundos! E, ainda bem, digo eu! Para triste festa e triste espectáculo não deviam ser concedidos qualquer desconto. Podiam era ter-me avisado que o jogo já tinha vencedor antecipado, poupavam-me a tão triste espectáculo. Coragem Jesualdo? Lava a boca com sabão antes de voltares a mencionar na mesma frase arbitragem, porto e honestidade. Perdeu-se uma batalha mas a Guerra resolve-se em Janeiro no Mitico Alvalade. Até lá tentem marcar golos sem ser de bola parada e façam uns workshops aos adeptos portistas para ver se percebem o minimo das regras de futebol. Já bem basta quando os vejo gritar golo sempre que é cesto…

Epilogo

Já em casa, vendo o resumo, não tenho dúvidas: Quaresma por expulsar aos 34 minutos, corte de bola de Polga sobre Postiga, com a bola a sobrar para Tonel… que deixa para Stoijkovic… não tarda ainda vemos uma jogada iniciada em pontapé de canto do outro lado a acabar em atraso! O Sporting não sai do campo com os 3 pontos porque não fez o suficiente para isso, mas o Porto só de lá saiu porque o arbitro assim o desejou. Resumindo e concluindo, era um ponto para cada e um par de chapadas no Jesualdo para que na próxima esteja bem caladinho! Se ele quer coragem que a tenha para tirar certos elementos da sua equipa que os estão a arrastar dentro de campo. Pior que um lampião só mesmo um lampião morcão!




1 Comments:

At setembro 09, 2007, Blogger joshua said...

It's so nice for me to have found this blog of yours, it's so interesting. I sure hope and wish that you take courage enough to pay me a visit in my PALAVROSSAVRVS REX!, and plus get some surprise. My blog is also so cool! Don't think for a minute that my invitation is spam and I'm a spammer. I'm only searching for a public that may like or love what I write.

Feel free off course to comment as you wish and remember: don't take it wrong, don't think that this visitation I make is a matter of more audiences for my own blogg. No. It's a matter of making universal, realy universal, all this question of bloggs, all the essential causes that bring us all together by visiting and loving one another. However...

Some feel invaded and ofended that I present myself this way in their blogs and rudely insult me back.
Some think I'm playing the smart guy who wants to profit, in my miserable and ridiculous gain with Adsense (go figure!), from and with others curiosity and benevolence.
Some simply ignore me.
Some aknowledge that It's most important we all take notion that there's milions of us bloguing arownd the world and thus vital any kind of awareness such as I believe this my self-introduction card and insert apeal brings in.

May you be one of those open and friendly spirits.

You must not feel obliged to come and visit me. An invitation is not an intimation. Also know that if you click on one of my ads I'm promised to earn a couple of cents for that: I would feel happy and rewarded (because I realy need it!!!) if you did click it, but once again you're totaly free to do what ever you want. I, for instance, choose immediatly to click on one of your ads, in case you have them. To do so or not, that's the whole beauty of it all, however, blogocitizens must unite also by clicking-helping eachother when we know cybermegacorporations profit from our own selfishness regarding to that simple click.

About this I must say, by my own experience, that no one realy cares (maybe a few) about this apeal I make, still I believe in my Work and Dreams and thus I'll keep on apealing and searching so strong is my will.

I think it's to UNITE MANKIND that we became bloggers! Don't see language as an obstacle but as a challenge (though you can use the translater BabelFish at the bottom of my page!) and think for a minute if I and the rest of the world are not expecting something like a broad cumplicity. Remenber that pictures talk also. Open your heart and come along!!!!!

 

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