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quarta-feira, dezembro 31, 2008

Atleta do Ano 2008

O último post do Taberna em 2008 teria de ser uma homenagem aos atletas que se distinguiram dos demais adversários. E, em ano de Olimpíadas, dificilmente a escolha não recaíria em atletas que tenham brilhado na competição raínha do desporto. Foram vários atletas que se destacaram mas selecciono três que, na minha opinião, foram reis em 2008: Michael Phelps, Usain Bolt e Rafael Nadal.



Em comum têm o facto de serem campeões olímpicos nas respectivas modalidades. Rafael Nadal, tenista espanhol é, porém, o único que não ganha destaque por essa medalha, o ténis tem outros atributos anuais, outras provas raínhas (como qualquer outro desporto profissional) que elevam um atleta. Nadal conseguiu um feito que, embora não inédito, é extremamente raro: venceu, no mesmo ano, Roland Garros e Wimbledon, as duas provas mais antagónicas entre si, dificultando imenso a vida aos atletas que são especialistas de uma (pó tijolo) ou outra (relva) superfície. Impôr-se, de forma categórica, como Rafael Nadal o fez, com uma épica final em Winbledon frente ao mítico Roger Federer, atingindo o topo do classificação ATP pelo meio, coloca Nadal como um dos reis do desporto mundial em 200.


Michael Phelps é o tubarão americano das piscinas. A natação é, por excelência, uma modalidade (a par, talvez, da ginástica) que propicia, aos melhores, a possibilidade de coleccionar medalhas. É um facto, são muitas as provas, mas uma coisa é conseguir, por exemplo, 5 medalhas, sejam somente de ouro ou outra categoria, um facto já de si de realce e de rejubilação. Diferente, muito diferente, somente ao alcance dos predestinados, é conseguir OITO medalhas, OITO medalhas de ouro! É certo que uma delas pertence quase por completo a Jason Lezak, o companheiro de Phelps que nos 4x200 metros livres conseguiu uma vitória épica sobre os franceses liderados por um imbatível Alain Berard, algo que o próprio Phelps não conseguiu na “sua” estafeta. Mas o que conta são as contas finais, que aqui são recordadas:

10/08/08 - 400 metros estilos, 4:03.84 (RM)
11/08/08 - 4x100 metros livres, 3:08.24 (RM)
12/08/08 - 200 metros livres, 1:42.96 (RM)
13/08/08 - 200 metros mariposa, 1:52.03 (RM)
13/08/08 - 4x200 metros livres, 6:58.56 (RM)
15/08/08 - 200 metros estilos, 1:54.23 (RM)
16/08/08 - 100 metros mariposa, 50.58 (RO)
17/08/08 - 4x100 metros estilos, 3:29.34 (RM)


O mais descontraído dos super campeões de 2008 é o jamaicano (obviamente…) Usain Bolt. A forma como esmagou a concorrência, sempre com um sorriso nos lábios e um ar matreiro, foi a imagem dos Jogos de Beijing. Verdadeiramente assombroso a facilidade com que tombaram os recordes mundiais (já nem falo nos olímpicos…) dos 100 e 200 metros! E, ainda mais assombroso, a imagem com que todos ficamos, Bolt só não baixou dos 9,69 segundos (100m) e dos 19,30 segundos (200m) porque… não quis! Pura e simplesmente preferiu gozar com a concorrência! Imprudências de um miúdo de 21 anos? As marcas inimagináveis de 9,50 e 19,00 seg, estiveram ao alcance desta gazela humana. Usain Bolt saiu dos Jogos como o homem mais rápido de todos os tempos, igualmente o primeiro a conquistar recordes mundiais nas duas provas raínhas da velocidade nos mesmos Jogos Olímpicos.


Sem querer menosprezar ou diminuir o alcance de qualquer um destes atletas, convém relembrar o flagelo que persegue o desporto no século XII: o doping! Infelizmente não ficaria surpreendido se qualquer um destes três super-atletas viesse a provar-se um batoteiro, uma farsa. O que diz muito do ambiente que corroi o desporto e os seus apaixonados seguidores. Quero crer, tal como fiz com Lance Armstrong, que os médicos dos laboratórios anti-dopagem apanham todos os batoteiros. Sendo assim, até prova em contrário, Rafael Nadal, Michael Phelps e Usain Bolt são, acima de qualquer outro, os atletas de 2008. E, na minha modesta opinião, a escolher o Atleta do Ano de 2008, voto em Bolt. Dos três foi o único que aniquilou, por completo, a concorrência. Quase que me apeteceu vê-lo correr de costas… quer-me parecer que o recorde mundial de José Pratas seria igualmente batido!

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