A farsa dos Campeonatos
Durante muitos anos tive a noção que sabia os títulos nacionais dos clubes portugueses. Tirando o Belenenses na já longínqua época de 1945/46, os restantes títulos tinham ido parar à mão dos chamados 3 grandes, Sporting, Benfica e Porto.
E quando me refiro a títulos nacionais, refiro-me a campeonatos considerados nacionais e que, de acordo com os entendidos, tinham tido inicio na época de 1938/39, com a vitoria do FC Porto nessa primeira edição da prova.
De lá para cá, até 2005, disputaram-se 67 edições da prova, com a intromissão do Boavista em 2000/01, e com os restantes títulos a serem distribuídos por Benfica (28 títulos), FC Porto (19 títulos) e Sporting (18 títulos).
E quando me refiro a títulos nacionais, refiro-me a campeonatos considerados nacionais e que, de acordo com os entendidos, tinham tido inicio na época de 1938/39, com a vitoria do FC Porto nessa primeira edição da prova.
De lá para cá, até 2005, disputaram-se 67 edições da prova, com a intromissão do Boavista em 2000/01, e com os restantes títulos a serem distribuídos por Benfica (28 títulos), FC Porto (19 títulos) e Sporting (18 títulos).
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Isto parecia ser um dado adquirido. No entanto, e desde que o campeonato da primeira divisão passou para a organização da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), e porque entretanto o Benfica andava já na sua travessia do deserto que duraria 11 anos, algum iluminado resolveu acrescentar 3 títulos extra ao Benfica e 1 ao Porto! Sim, mais de 60 anos de establishment entre todos, e eis que se mudam as regras a meio do jogo! Se esses mesmos campeonatos eram de facto campeonatos a ter em conta… porque nunca foram considerado? Para mim, e enquanto for gente, não admitirei nunca que me digam que o Benfica tem 31 títulos e FC Porto tem 20 títulos. As regras meus senhores são para serem respeitadas, ainda para mais quando todos sabemos qual o propósito de tão súbita mudança.
E não fico por aqui. Se esses doutores da bola querem impor a todo o custo esses títulos, então porque não considerar os títulos do Campeonato de Portugal, disputado entre 1921/22 e 1937/38? Ou pelo menos considerar entre os anos de 1921/22 e 1933/34, aquando do surgimento do tal campeonato da liga! Se repararem, esses troféus foram parar a mãos de variadíssimos clubes, e Sporting e Porto levam vantagem, com 4 títulos para cada! Será pelo facto do Benfica não beneficiar com esta recontagem?
Mas eu não sou um ignorante no assunto. Eu sei que estes primeiros campeonatos, até porque o desporto era 100% amador, não eram disputados num molde de todos contra todos, mas sim num formato parecido com a Taça de Portugal, de “bota fora”. Ora, se é verdade que esse motivo poderá ser impeditivo para somar esses campeonatos, então porque não atribuir os títulos conquistados por esses clubes ao número de Taças de Portugal de cada um? Sim, porque não? Porque mudar as regras e somar títulos (e respeito os jogadores que na década de 30 venceram esses campeonatos), mas votar ao esquecimento todos aqueles que na longínqua década de 20 do século passado honraram as camisolas que representavam? Enquanto esses títulos não forem considerados como títulos nacionais ou taças de Portugal, não aceitarei mudanças impostas para benefícios de Porto e, sobretudo, Benfica. É uma pouca-vergonha! Nem quero imaginar se eles passam mais uma década a xuxar no dedo…
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