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quinta-feira, março 02, 2006

Peseiro, o chorão!




José Peseiro insiste na teoria da conspiração em relação à sua saída do Sporting. Não é capaz de admitir que ter fracassado na conquista dos títulos na época de 2004/05, e de ter hipotecado a entrada na CL, bem como somar 3 derrotas na Superliga de 2005/06, em 7 jornadas, juntando a isso a precoce eliminação da taça UEFA às mãos de uns suecos semi-amadores são motivos mais que suficientes. Não, nada disto é responsável pela demissão! São as intrigas e as perseguições imaginárias.

Tive uma relação de amor-odio em relação ao ex-treinador leonino. Confesso que não apreciei a sua contratação, que os primeiros seis meses foram muito fracos, mas confesso que o futebol praticado entre Fevereiro e Maio, a espaços, era fabuloso! Conseguiu levar a equipa às portas do Céu, mas foi incapaz de as levar a atravessar o portão celestial. Mas pior do que isso, é nunca ter controlado os jogadores, deixando que os mais influentes o humilhassem perante todos os outros e inclusive deixando que isso passasse para a comunicação social, enfraquecendo a sua imagem de líder perante os adeptos. Um líder nunca pode dar sinal de fraqueza. Nunca! Pode ser um incapaz mas tem de saber mostrar convicção e forte determinação. Pode ser posto em causa por todos menos pelos seus subordinados. Se assim for, o sucesso, mesmo que por linhas tortas, poderá ser alcançado. De outra forma, por muito talento que se tenha, por muita sabedoria que se possua, o sucesso poderá estar irremediavelmente hipotecado.

Jogadores como Polga, Rochemback, Liedson, Pedro Barbosa, entre outros menos influentes, abusaram sistematicamente da autoridade do treinador. A tudo Peseiro assobiava e tentava levar o barco a bom porto. E esteve perto de o conseguir, é bom recordar, sobretudo a perda do campeonato deve-se mais aos árbitros pró-benfica que outra coisa qualquer mas, contas feitas, Peseiro não ficou bem na fotografia.

Para a época 2005/06, Peseiro, com poderes reforçados, opta por livrar-se de alguns potenciais problemas, entre eles Rui Jorge, Pedro Barbosa e Rochemback, sem nunca ser cristalino e coerente nas razoes apresentadas. Mais valia ter sido homem e ter assumido que esses mesmos jogadores eram potenciais destabilizadores. Peseiro construiu o plantel que bem entendeu, foi obcecado por Wender para depois não apostar nele, assim como em João Alves, que chegou a colocar a defesa direito, e fracassou! Não podia apresentar a mesma desculpa que não conhecia a equipa, o que o salvou na época anterior. Foi demitido porque foi incompetente. E isso basta. Até pode vir a ser um excelente treinador, mas não será com a constante mania de perseguição. Está a deixar uma péssima imagem para todos os futuros empregadores. Ninguém quer um chorão.

E, já agora, peguemos no Paulo Bento. Sem currículo e experiência, e ainda com o problema moral de ter amigos no plantel, que jogaram com ele, não teve problemas em impor a sua autoridade. Com ele Liedson amansou, com ele Polga e Deivid puseram-se no respectivo lugar, com ele Beto, antigo companheiro, foi recambiado por falta de ambição e comodismo, e com ele Carlos Martins, outro ex. colega, não pisa em ramo verde! É um disciplinador e tem o respeito dos jogadores. Ou pelo menos daqueles que querem fazer carreira no clube. Prescindiu de Liedson na difícil deslocação ás Antas, devido a uma atitude do brasileiro que pareceu mesmo pura provocação para saber até onde poderia esticar a corda. A verdade é que o Sporting foi empatar ao Porto, com uma exibição segura, embora notando-se que com Liedson poderia ter ganho o jogo. Não ganhou o jogo mas ganhou uma equipa com essa atitude. Relembrar que Peseiro, no ano anterior e perante um Porto que tremia nos jogos caseiros, foi humilhado com um 3-0! Grande diferença.

Mas não foi a única. Ninguém esquece a atitude cobarde de Peseiro no jogo do título, na Luz, da época passada. Com muito mais futebol que o Benfica, Peseiro optou por jogar para o empate. Já nesta época Paulo Bento deu uma lição de futebol em pleno estádio da Luz. E com uma equipa teoricamente inferior. Só por estes dois últimos exemplos já se justificaria a troca de treinador. Mas toda a choraminguice de Peseiro só vem provar que a medida tomada pelo Sporting foi realmente a melhor. Ninguém gosta de chorões.

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