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segunda-feira, julho 17, 2006

Balanço WC2006: II - Selecção Portuguesa



Aqui fica a minha avliação da equipa Portuguesa. É uma avaliação subjectiva, classificada de 0 a 20 valores. A equipa titular tem uma média de 15,1 valores, enquanto a selecção, no seu geral, fica com 13,1 valores.


Ricardo: 17
Talismã de Scolari. O seu grande defeito, que são obviamente as saídas aos cruzamentos, tem sido corrigido desde a entrada de Paulo Bento no Sporting e, pode-se dizer sem exageros, Ricardo é actualmente um GR muito mais confiante que alguma vez foi. Como tal foi natural a sua escolha para a equipa ideal do Mundial, num lote que incluia três GR. Até ao ultimo jogo sofrera apenas um golo sem ser de penalti e, graças à nova Teamgeist, ficou mal na fotografia do primeiro golo alemão. Nada que estrague uma excelente participação. Impecável nos penalties, só sofreu 2 em 6 possíveis! Foi pena o do Zidane ter entrado, mas não foi por ele que não vencemos a França!

Miguel: 17
Grande Mundial. Se não fez mais, foi provavelmente por questões de disciplina tática. Mostrou frescura física e a habitual disponibilidade para subir no flanco, criando desequilibrios. É hoje em dia mais defesa direito que há dois anos, tendo superado o estigma Paulo Ferreira com distinção.

Ricardo Carvalho: 18
Insuperável. Espectacular no jogo aéreo, excelente na cobertura e antecipação. Tem uma falha grave na meia-final... um penalty daqueles é imperdoável num jogador desta categoria. Mas é sem dúvida alguma um dos melhores centrais do Planeta, um lucho para Portugal.

Fernando Meira: 17
A grande surpresa portuguesa. Tem valor mas a lesão de Jorge Andrade abalou imenso a confiança dos portugueses, que nunca pensavam ver em Meira um substituto à altura. Mas o central venceu e convenceu, mostrou muita segurança e experiência e, para o apuramento para o Euro’08, contamos com 3 defesas de nível mundial.

Nuno Valente: 14
Não comprometeu. Não desequilibrou. A sua condição fisica não lhe permite o ritmo de antigamente, é um facto, mas mesmo assim, e nas raras vezes em que conseguiu subir pelo flanco, quase marcava! Recordo-me de um remate travado na queima por um defesa inglês, com selo de golo. Contra a França foi dos que mais lutaram contra a adversidade, tendo aí redimido a fraca exibição e imagem revelada no jogo frente à Holanda, especialmente no duelo com Van Persie. Feito o balanço, ganhou a batalha aberta aquando da sua decisão de abandonar o FCP para disputar o Mundial.

Costinha: 12
Só foi convocado porque Scolari confia nele cegamente. É um indiscutível se em forma, fisica e mentalmente. Infelizmente, e depois de um bom inicio, quebrou estupidamente frente à Holanda e já não recuperou a imagem de líder inabalável. Desiludiu-me, eu que acreditava, tal como Scolari, que Costinha não acusaria a pressão.

Maniche: 18
Calou aqueles que diziam que não tinha ritmo para um Mundial. Marcou um golo decisivo. Jogou e correu como no Euro2004. Se os anti-Scolari mandassem alguma coisa, o jogador que foi eleito para o 11 ideal proposto para a FIFA teria ficado… em casa! Do tridente titular do meio campo foi o único que não desiludiu, saindo da competição com a sensação de dever cumprido.

Deco: 13
É um jogador fenomenal que, no entanto, está demasiado valorizado, quanto à sua importância na equipa diz respeito. E digo isto porque, quando todos fazem crer que não há substituto à altura (e os criticos invejosos de Rui Costa foram um motivo para que o mesmo abdicasse de vez da selecção… dois anos antes do que deveria ter feito…), criam no brasileiro uma aura de salvador da Pátria, e isso tem tanto de mau para ele como para Tiago e Hugo Viana. Deco chegou cansado à prova e, tirando o remate em queda frente ao Irão, foi a maior desilusão portuguesa em prova. E, frente à França, tal como já se tinha verificado frente à Grécia, em situações em que é preciso o maestro da equipa pegar na batuta e liderar o jogo, Deco revela-se banal. Uma atitude incompreensível, tanto mais que não procede de tal forma nos clubes onde joga/jogou! Um mistério…

Figo: 18
Um senhor, um exemplo para os jovens, coragem, determinação, garra, empenho, dedicação, sacríficio. Queria, mais que ninguém, ganhar este Mundial. Fez tudo o que estava ao alcance dos seus (quase) 34 anos para o merecer. Não chegou. Mas pode estar orgulhoso, foi um trajecto de 15 anos, carregado de excelentes exibições, e com mais uma assistência primorosa no final, como que demonstrando que, se quisesse, ainda estaria pronto para mais batalhas. Até sempre!

Cristiano Ronaldo: 14
O puto maravilha ficou aquém das espectactivas. Ainda assim, e tendo em conta a idade e a pressão dos holofotes constantemente em cima dele, creio que se desenrascou muito bem. Excelente a executar penalties (e não é tão fácil como parece, perguntem aos ingleses), teve o seu momento de maturidade no jogo frente à França. Aí, perante a lesão de esforço de Figo e a decepção chamada Deco, foi o único com lucidez a criar lances de perigo junto à área adversária. Precisa de maior maturidade, mas o puto, com a idade e acompanhamento de gente competente como são o caso de Ferguson e Scolari, não vai passar ao lado de uma grande carreira. Aposto nele!

Pauleta: 8
Uma tremenda desilusão, sobretudo para mim que apostava muito nele. Não se percebe como é super decisivo nas fases de apuramento (11 golos para o Mundial 06, 14 na preparação para o Euro04…) e se deixa ofuscar na hora da verdade. O facto de jogar em clubes que não têm pretensões a algo mais que o 4º ou 5º lugar (Corunha, Bordeus, PSG) explica alguma coisa, mas não tudo. Pauleta é um goleador, tanto nos clubes como na selecção, mas fica para a história pela sua inépcia nos grandes momentos.


Suplentes:

Paulo Ferreira: 12
Jogou pouco tempo, culpa da prestação de Miguel. No entanto se havia lugar onde os portugueses sabiam que estava bem protegido era precisamente a defesa direito. Paulo Ferreira não comprometeu, revelando total disponibilidade sempre que foi chamado. Um verdadeiro team-player.

Ricardo Costa: 9
É um jogador com sorte. Tem já um curriculo invejável por estar no sitio certo à hora certa. Não querendo retirar-lhe mérito, julgo que é um tipico exmplo de que mais vale cair em graça que ser engraçado. A sua prestação no banco estava a ser boa e foi de facto uma pena que a tenha estragado com a sua chamada ao campo. E, com a sua afamada fortuna, não estranharia que tivesse sido na final! Teve azar, mas mesmo assim aparece na fotografia do grupo que jogou o apuramento do 3º lugar, algo que nem Figo teve direito! Só é pena que não tenha tanto talento como sorte, e foi o que se viu. Num jogo com ele em campo, Portugal sofreu mais golos que nos anteriores 6. Coincidência?...

Caneira: 10
Teve a sua oportunidade no jogo frente ao México e não a aproveitou. No entanto tem a desculpa de ter jogado frente a um adversário realmente incomodo, motivado por precisar de pontuar e, mais importante, quando Portugal joga sem 6 titulares! No entanto, tudo somado, não justificou a titularidade e cedeu o seu lugar ao veterano Nuno Valente. Só tem a si próprio para se culpar.

Petit: 13
Nervoso, hesitante, pareceu horrificado com a ideia que poderia ser titular da equipa. E de falta de oportunidades não se poderá queixar, mas o facto é que falhou passes, intercepções, esteve mais faltoso que o habitual e os arbitros, ao contrário a que está habituado, não foram condescendentes. Confesso que esperava mais dele, sobretudo do seu lado combativo e de sacrificio. Não foi o Petit dos grandes momentos.

Tiago: 12
Apático. Começou a titular, mas desiludiu e o pior que se pode dizer é que, mesmo com Deco a 50%, ninguém desejaria ver Tiago no seu lugar! Se é verdade que o lugar de Maniche faz mais o seu genero, o facto é que por aí tinha o lugar tapado. E, contra Angola e, sobretudo, México, foi uma desilusão. É um tipico número oito, esqueçam-no para número 10.

Hugo Viana: 12
Foi um dos convocados que suscitaram duvidas. É um facto que jogou pouco no Valência, é um facto que é um jogador que não tem uma posição bem definida em campo (interior esquerdo? Numero 10?), mas é também um facto que é um dos mais cerebrais jogadores que existem em Portugal. Sendo certo que dificilmente jogaria mais minutos, creio que teria sido mais útil se tem jogado em vez do Tiago. Gostei da atitude em campo, senhor do seu nariz, sem receios e com personalidade. Se conseguir ganhar ritmo de jogo no seu clube ainda dará muito à selecção.

Simão: 16
Entrou sempre bem, ou seja, foi mais útil entrando em jogo do que começando o mesmo de inicio. Simão parece finalmente libertar-se do fenomeno Figo, ganhando espaço na equipa, aparecendo mais nas alturas decisivas, sem receio de falhar. E é isso que se pode a lideres, não é marcando golos em amigáveis contra o Luxemburgo. Espero muito dele a partir de agora, sem a sombra de Figo a assombrá-lo. Será Quaresma o futuro fantasma?...

Boa Morte: 6
Uma desilusão! 99% dos portugueses optariam por Quaresma e eu aceitei a escolha de Scolari uma vez que Boa Morte tem feito parte do grupo e foi o infeliz que ficou á porta do Euro04. Ou seja, era uma ingratidão fazer o mesmo. Finda a prova, e por muito que possa custar, creio que os interesses da equipa são mais importantes que os pessoais. Luis Boa Morte, jogador respeitado em Inglaterra, não serve para o modelo de jogo da selecção. É um bom jogador de clube, um péssimo jogador de selecção. Está na altura de encostar e dar lugar a outros. Não te lamentes Boa Morte, já chegaste onde muito nem sequer sonham chegar, mas acabou-se!

Postiga: 10
Merece a nota positiva porque mais uma vez arrasou no penalti aos ingleses. Fantástica a forma como deixou o GR inglês prostado a meio da baliza, como se tivesse os pés presos ao solo! Estou ansioso pelo próximo embate a penalties! Tirando isso mostrou o que já se sabe dele, não é um ponta de lança puro, mais um jogador que pode jogar ao lado desse mesmo ponta de lança. Se foi assim que foi “criado” nas escolas das Antas e se foi assim que ganhou fama… porquê querer obter dele algo que ele não é nem nunca será?

Nuno Gomes: 10
Merece a nota pela imagem de promessa que deixou no ar. Quando aquele centro milimétrico de Figo aterra na cabeça de Nuno Gomes disse para mim próprio: “muito camelo vai agora dizer que se Nuno Gomes tem jogado desde o inicio as coisas teriam sido diferentes”! Errado! Ou certo, quem sabe! O que eu sei é que o pobre diabo estava lesionado e, se Scolari não apostou nele como segunda escolha, foi porque simplesmente sabe mais do que nós! Nuno Gomes com mais uns minutos em jogo provavelmente escangalhava-se todo! Prefiro pensar nessa teoria que noutra qualquer, mais palerma. Se Scolari não gostasse de Nuno Gomes não o teria convocado.

Quim e Paulo Santos: sem nota
Estes dois foram os felizes contemplados do sorteio de dois lugares a acompanhar a selecção portuguesa. Podia Scolari ter sido um porreiraço e ter dado lugar aos dois, à vez, no jogo frente ao México, mas paciência. Mais sacana foi o fascista do Manuel da Luz Afonso, que deixou sem jogar uma data de grandes jogadores apenas e só porque os seus queridos do Benfica eram insubstituiveis. Em 1966 sim, de facto, perdemos uma grande hipotese por incompetência do seleccionador. Em 2006 fomos até onde podíamos. E fomos brilhantes. Obrigado Portugal.

1 Comments:

At julho 17, 2006, Blogger A MAGIA DO FUTEBOL said...

Só para dizer que o Pauleta foi campeão no Corunha. Como diz o Record, hoje, alguém vai ter que marcar aqules golos que pareciam fáceis!

 

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