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quarta-feira, julho 26, 2006

Uma história leonina


Peyroteu tinha 29 anos e, em plena forma técnica e física, era sócio de uma loja de artigos desportivos. Viu-se surpreendido, por algum motivo desconhecido, por uma dívida que poderia levá-lo à falência. Naqueles tempos não havia a facilidade de crédito actual nem os futebolistas ganhavam ordenados pomposos, mas poderia Peyroteu sacudir a água do seu capote e deixar avançar a falência, com os prejuízos que tal medida implicaria aos seus fornecedores e credores. No entanto, como homem respeitável e de honra, propôs à direcção do Sporting que promovesse a sua festa de despedida solenizada num encontro de futebol.

Ora a festa de despedida envolvia a sua retirada definitiva. E embora contrariados por ver partir tão cedo a sua maior estrela, os dirigentes leoninos não vacilaram. Finalizado o jogo com o Atlético de Madrid, Peyroteu recebeu o produto das bilheteiras e desapareceu para sempre dos campos de futebol. Como curiosidade fica o pedido do presidente do Atlético de Madrid para que Peyroteu jogasse em Espanha, confirmando-se somente a sua retirada dos relvados portugueses. Em vão, Fernando Peyroteu era homem de palavra, não houve volta a dar.

Serve esta história real para recordar um dos cinco violinos leoninos que serão recordados eternamente pelos sportinguistas. Não é para qualquer um ser recordado por adeptos que nunca o viram jogar, quase 60 anos após a sua despedida. Mas são estas pequenas histórias que também fazem um clube. Tal como Portugal não é somente castelos e descobrimentos, também o Sporting não é somente uma sala de troféus! Porque a história é feita de homens, de lendas e de feitos extraordinários. E aí o meu Sporting é um mundo por descobrir.



A despedida de Pauleta


Pauleta fica na história do nosso futebol pelo facto de ter marcado um record de 47 golos pela selecção nacional, por ter alcançado 88 internacionalizações (está no top 5 de Portugal) e ainda pela curiosidade de nunca ter jogado na primeira divisão portuguesa! Um português atípico, com raro sentido de baliza quer nos clubes quer na selecção.

Mas está longe de ser um ídolo incontestado. Foram muitos os que o criticaram durante o Euro2004 e agora, aquando do Mundial2006. E, embora tenha feito um bom Mundial2002, sendo um dos raríssimos jogadores portugueses que saíram de cabeça erguida dessa competição, a verdade é que, enquanto enchia a barriga de golos durante a qualificação para as grandes competições, tinha um forte bloqueio mental durante as mesmas! Aqui fica o registro:

Em fases de apuramento:

Euro2000: 2 golos

Mundial2002: 8 golos (2 à Holanda)

Euro2004: 14 golos (1 à Inglaterra, Holanda e Suécia)

Mundial2006: 11 golos

Total em fases de apuramento: 35 golos!


Em competição:

Euro2000: 0 golos

Mundial2002: 3 golos

Euro2004: 0 golos

Mundial2006: 1 golo

Total em fases finais: 4 golos!


Não resta dúvida, Pauleta bloqueou sempre nos grandes momentos. E, se tem chegado a um clube de topo europeu… também fracassaria. É isso que separa os bons dos fora de série. Pauleta é e será sempre um bom jogador, infelizmente para os portugueses, que desejaram um homem-golo nos últimos dois anos, o açoriano será sempre recordado com o elo mais fraco de uma grande geração.

E, mesmo levando em conta os 47 golos, que podem ser apresentados como atestado de competência, é necessário verificar o valor das vítimas de Pauleta. Mais uma vez aqui fica o registro:


Selecções Sub-Zero:

Azerbeijão – 2 golos
Andorra – 3 golos
Kuwait – 4 golos
Luxemburgo – 4 golos
Liechtenstein – 2 golos

Total: 15 golos (representam 32% do total de golos de Pauleta)

Selecções Amadoras:

Chipre – 3 golos
Estónia – 1 golo
Albânia – 1 golo
Lituânia – 3 golos
Estónia – 1 golo
Cabo Verde – 3 golos
Canadá – 1 golo
Angola – 1 golo

Total: 14 golos (representam 30% do total de golos de Pauleta)


Selecções de 2ª Divisão Mundial:

Escócia – 2 golos
Tunísia – 1 golo
Noruega – 1 golo
Grécia – 1 golo
Letónia – 3 golos
Rússia – 1 golo

Total: 9 golos (representam 19% do total de golos de Pauleta)

Selecções de Nível Mundial

Croácia – 1 golo
Suécia – 1 golo
Polónia – 3 golos

Total: 5 golos (representam 11% do total de golos de Pauleta)

Selecções de Topo

Holanda – 2 golos
Brasil – 1 golo
Inglaterra – 1 golo

Total: 4 golos (representam 8% do total de golos de Pauleta)


Conclusão a retirar da análise:

Pauleta marca muito a equipas sem significado (63% dos seus golos) e apenas 9 dos seus 47 golos foram marcados a equipas de valia igual ou superior a Portugal. E, como curiosidade, temos ainda o facto do homem-queijo ter marcado 1 golo à Selecção Grega, 1 golo em 3 confrontos com os gregos e, sem surpresas, não é difícil adivinhar quando foi: num encontro de carácter amigável! Nem tendo apetência a facturar contra equipas insignificantes deu capacidade de superação a Pauleta no momento em que mais precisamos dele: final do Euro2004 frente à Grécia!


Adeus Pauleta, obrigado pelas fases de qualificação mas, confesso-te, não sentirei saudades.

domingo, julho 23, 2006

Blog Federado no Sporting

Este blog aderiu com prazer à iniciativa do Sporting Clube de Portugal, constando deste modo numa lista de blogs oficializados que divulgam informação do maior clube português.


Esta funcionalidade permite a todos os simpatizantes e adeptos do Sporting Clube de Portugal disponibilizar conteúdos oficiais associados ao clube nos seus Blogs de temática desportiva. E, acrescento eu, permite a todos os cibernautas leoninos a troca de ideias e debate de opiniões. Ora aqui está um conceito original e superior a qualquer kit v(e)igarista.

quarta-feira, julho 19, 2006

O Exemplo Italiano


No passado mês de Fevereiro, após o confronto Inter vs Juventus, a contar para o Campeonato Italiano, e que acabou com as esperanças interistas quanto à conquista do scudetto, Luis Figo, com a frontalidade, coragem e determinação que o caracterizam, acusou o vice da Juve, Luciano Moggi de ter estado no balneário do arbitro no intervalo do encontro. E Figo estava consciente que não tinha provas para apresentar, apenas a sua palavra! Mas após uma segunda parte escandalosa, onde foi alvo até de uma barbara agressão que nem cartão amarelo valeu ao agressor, não conteve o seu direito à indignação. O que sucedeu? Pois bem, o mafioso italiano, protegido pelo facto de ser uma questão de palavra contra palavra, teve a distinta lata de acusar Figo de mentiroso e exigiu castigo à Federação Italiana! É assim que vai o mundo, quando o acusado e mais do que provável culpado sente-se no direito de defender a sua honra! E foi Figo castigado em 5 mil euros, culpado por ter falado sem mais provas do que a sua palavra, do que a sua integridade moral!

O que vale a Figo é que não acusou nenhum dirigente português durante um jogo do campeonato português! Aqui, como se sabe, Valentim Loureiro e restantes comparsas até já combinam processar o Estado por danos morais! Mas em Itália, País que é berço da camorra siciliana, berço da Mafia, fez justiça e, melhor ainda, justiça celere! Enquanto alguns ditos juizes andam há 3 meses para decidir qual dos 2 pobretanas, Gil ou Belenenses, desce de divisão (e até uma criança de 5 anos percebe que é o Gil, qual a duvida?...), em Itália tudo se decidiu em 2 meses e mexeu, não com pobretanas mas com clubes de topo Mundial!

Luis Figo, onde quer que esteja a passar férias, estará por certo a sorrir. Não só tem agora toda a Itália a seus pés, como jogador, como consolida a sua imagem de integridade e de bom caracter. E, cereja no topo do bolo, vai sagrar-se campeão de Itália. Os deuses deixaram de estar loucos.

PS:

É certo que ainda vai haver recurso por parte dos prevaricadores, mas alguém pensa que a justiça italiana é... portuguesa? E, digo com gosto, foi bonito ver um tiffosi juventino aceitar a descida de divisão e condenar os seus dirigentes. Por aqui, neste buraco encostado ao oceano, o mais certo era ter a cadeia de Custoias como local predilecto de visita pelos nortenhos...

PS2:

Quando um arguido é recebido na AR com honras de Estado, quando os investigadores do processo Apito Dourado são retirados do processo e despromovidos, quando as escutas comprometedoras são consideradas ilegais, quando um arbitro defende que é normal um vice presidente arranjar uma jantarada com putas, quando...

PS3:

Estes são os castigos aplicados:

Juventus, Fiorentina e Lázio, foram despromovidos à série B, e iniciarão o campeonato com 30, 15 e 7 pontos menos, respectivamente.

AC Milan, quinze pontos menos na série A do próximo ano, e não vai à Champions.

terça-feira, julho 18, 2006

Balanço WC2006: IV - O Jogo Inesquecível

Balanço WC2006: III - A formação leonina


Não se pode deixar passar em claro o contributo que a formação leonina acabou por ter na passagem de Portugal às meias finais do Mundial. Se é um facto que o Sporting, nos últimos 3 anos, tem sido avassalador na formação de atletas, e na conquista dos troféus em disputa (7 em 9), não deixa de ser impressionante o número de atletas formados em Alvalade presentes nos 23 convocados: nada mais que 9, ou sejam, Miguel, Nuno Valente, Caneira, Figo, Hugo Viana, Simão Sabrosa, Cristiano Ronaldo, Luis Boa Morte, Paulo Santos!

O que seria de Portugal sem eles? Provavelmente teriam feito uma boa prova igualmente, mas o mérito a quem o tem, e Aurelio Pereira e seua pares merecem o meu louvor a admiração. E, para 2008, temos em calha jogadores como Ricardo Quaresma, João Moutinho, Carlos Martins, Nani, Custódio, entre outros. É o Sporting ao serviço de Portugal, como não podia deixar de ser!

segunda-feira, julho 17, 2006

Balanço WC2006: II - Selecção Portuguesa



Aqui fica a minha avliação da equipa Portuguesa. É uma avaliação subjectiva, classificada de 0 a 20 valores. A equipa titular tem uma média de 15,1 valores, enquanto a selecção, no seu geral, fica com 13,1 valores.


Ricardo: 17
Talismã de Scolari. O seu grande defeito, que são obviamente as saídas aos cruzamentos, tem sido corrigido desde a entrada de Paulo Bento no Sporting e, pode-se dizer sem exageros, Ricardo é actualmente um GR muito mais confiante que alguma vez foi. Como tal foi natural a sua escolha para a equipa ideal do Mundial, num lote que incluia três GR. Até ao ultimo jogo sofrera apenas um golo sem ser de penalti e, graças à nova Teamgeist, ficou mal na fotografia do primeiro golo alemão. Nada que estrague uma excelente participação. Impecável nos penalties, só sofreu 2 em 6 possíveis! Foi pena o do Zidane ter entrado, mas não foi por ele que não vencemos a França!

Miguel: 17
Grande Mundial. Se não fez mais, foi provavelmente por questões de disciplina tática. Mostrou frescura física e a habitual disponibilidade para subir no flanco, criando desequilibrios. É hoje em dia mais defesa direito que há dois anos, tendo superado o estigma Paulo Ferreira com distinção.

Ricardo Carvalho: 18
Insuperável. Espectacular no jogo aéreo, excelente na cobertura e antecipação. Tem uma falha grave na meia-final... um penalty daqueles é imperdoável num jogador desta categoria. Mas é sem dúvida alguma um dos melhores centrais do Planeta, um lucho para Portugal.

Fernando Meira: 17
A grande surpresa portuguesa. Tem valor mas a lesão de Jorge Andrade abalou imenso a confiança dos portugueses, que nunca pensavam ver em Meira um substituto à altura. Mas o central venceu e convenceu, mostrou muita segurança e experiência e, para o apuramento para o Euro’08, contamos com 3 defesas de nível mundial.

Nuno Valente: 14
Não comprometeu. Não desequilibrou. A sua condição fisica não lhe permite o ritmo de antigamente, é um facto, mas mesmo assim, e nas raras vezes em que conseguiu subir pelo flanco, quase marcava! Recordo-me de um remate travado na queima por um defesa inglês, com selo de golo. Contra a França foi dos que mais lutaram contra a adversidade, tendo aí redimido a fraca exibição e imagem revelada no jogo frente à Holanda, especialmente no duelo com Van Persie. Feito o balanço, ganhou a batalha aberta aquando da sua decisão de abandonar o FCP para disputar o Mundial.

Costinha: 12
Só foi convocado porque Scolari confia nele cegamente. É um indiscutível se em forma, fisica e mentalmente. Infelizmente, e depois de um bom inicio, quebrou estupidamente frente à Holanda e já não recuperou a imagem de líder inabalável. Desiludiu-me, eu que acreditava, tal como Scolari, que Costinha não acusaria a pressão.

Maniche: 18
Calou aqueles que diziam que não tinha ritmo para um Mundial. Marcou um golo decisivo. Jogou e correu como no Euro2004. Se os anti-Scolari mandassem alguma coisa, o jogador que foi eleito para o 11 ideal proposto para a FIFA teria ficado… em casa! Do tridente titular do meio campo foi o único que não desiludiu, saindo da competição com a sensação de dever cumprido.

Deco: 13
É um jogador fenomenal que, no entanto, está demasiado valorizado, quanto à sua importância na equipa diz respeito. E digo isto porque, quando todos fazem crer que não há substituto à altura (e os criticos invejosos de Rui Costa foram um motivo para que o mesmo abdicasse de vez da selecção… dois anos antes do que deveria ter feito…), criam no brasileiro uma aura de salvador da Pátria, e isso tem tanto de mau para ele como para Tiago e Hugo Viana. Deco chegou cansado à prova e, tirando o remate em queda frente ao Irão, foi a maior desilusão portuguesa em prova. E, frente à França, tal como já se tinha verificado frente à Grécia, em situações em que é preciso o maestro da equipa pegar na batuta e liderar o jogo, Deco revela-se banal. Uma atitude incompreensível, tanto mais que não procede de tal forma nos clubes onde joga/jogou! Um mistério…

Figo: 18
Um senhor, um exemplo para os jovens, coragem, determinação, garra, empenho, dedicação, sacríficio. Queria, mais que ninguém, ganhar este Mundial. Fez tudo o que estava ao alcance dos seus (quase) 34 anos para o merecer. Não chegou. Mas pode estar orgulhoso, foi um trajecto de 15 anos, carregado de excelentes exibições, e com mais uma assistência primorosa no final, como que demonstrando que, se quisesse, ainda estaria pronto para mais batalhas. Até sempre!

Cristiano Ronaldo: 14
O puto maravilha ficou aquém das espectactivas. Ainda assim, e tendo em conta a idade e a pressão dos holofotes constantemente em cima dele, creio que se desenrascou muito bem. Excelente a executar penalties (e não é tão fácil como parece, perguntem aos ingleses), teve o seu momento de maturidade no jogo frente à França. Aí, perante a lesão de esforço de Figo e a decepção chamada Deco, foi o único com lucidez a criar lances de perigo junto à área adversária. Precisa de maior maturidade, mas o puto, com a idade e acompanhamento de gente competente como são o caso de Ferguson e Scolari, não vai passar ao lado de uma grande carreira. Aposto nele!

Pauleta: 8
Uma tremenda desilusão, sobretudo para mim que apostava muito nele. Não se percebe como é super decisivo nas fases de apuramento (11 golos para o Mundial 06, 14 na preparação para o Euro04…) e se deixa ofuscar na hora da verdade. O facto de jogar em clubes que não têm pretensões a algo mais que o 4º ou 5º lugar (Corunha, Bordeus, PSG) explica alguma coisa, mas não tudo. Pauleta é um goleador, tanto nos clubes como na selecção, mas fica para a história pela sua inépcia nos grandes momentos.


Suplentes:

Paulo Ferreira: 12
Jogou pouco tempo, culpa da prestação de Miguel. No entanto se havia lugar onde os portugueses sabiam que estava bem protegido era precisamente a defesa direito. Paulo Ferreira não comprometeu, revelando total disponibilidade sempre que foi chamado. Um verdadeiro team-player.

Ricardo Costa: 9
É um jogador com sorte. Tem já um curriculo invejável por estar no sitio certo à hora certa. Não querendo retirar-lhe mérito, julgo que é um tipico exmplo de que mais vale cair em graça que ser engraçado. A sua prestação no banco estava a ser boa e foi de facto uma pena que a tenha estragado com a sua chamada ao campo. E, com a sua afamada fortuna, não estranharia que tivesse sido na final! Teve azar, mas mesmo assim aparece na fotografia do grupo que jogou o apuramento do 3º lugar, algo que nem Figo teve direito! Só é pena que não tenha tanto talento como sorte, e foi o que se viu. Num jogo com ele em campo, Portugal sofreu mais golos que nos anteriores 6. Coincidência?...

Caneira: 10
Teve a sua oportunidade no jogo frente ao México e não a aproveitou. No entanto tem a desculpa de ter jogado frente a um adversário realmente incomodo, motivado por precisar de pontuar e, mais importante, quando Portugal joga sem 6 titulares! No entanto, tudo somado, não justificou a titularidade e cedeu o seu lugar ao veterano Nuno Valente. Só tem a si próprio para se culpar.

Petit: 13
Nervoso, hesitante, pareceu horrificado com a ideia que poderia ser titular da equipa. E de falta de oportunidades não se poderá queixar, mas o facto é que falhou passes, intercepções, esteve mais faltoso que o habitual e os arbitros, ao contrário a que está habituado, não foram condescendentes. Confesso que esperava mais dele, sobretudo do seu lado combativo e de sacrificio. Não foi o Petit dos grandes momentos.

Tiago: 12
Apático. Começou a titular, mas desiludiu e o pior que se pode dizer é que, mesmo com Deco a 50%, ninguém desejaria ver Tiago no seu lugar! Se é verdade que o lugar de Maniche faz mais o seu genero, o facto é que por aí tinha o lugar tapado. E, contra Angola e, sobretudo, México, foi uma desilusão. É um tipico número oito, esqueçam-no para número 10.

Hugo Viana: 12
Foi um dos convocados que suscitaram duvidas. É um facto que jogou pouco no Valência, é um facto que é um jogador que não tem uma posição bem definida em campo (interior esquerdo? Numero 10?), mas é também um facto que é um dos mais cerebrais jogadores que existem em Portugal. Sendo certo que dificilmente jogaria mais minutos, creio que teria sido mais útil se tem jogado em vez do Tiago. Gostei da atitude em campo, senhor do seu nariz, sem receios e com personalidade. Se conseguir ganhar ritmo de jogo no seu clube ainda dará muito à selecção.

Simão: 16
Entrou sempre bem, ou seja, foi mais útil entrando em jogo do que começando o mesmo de inicio. Simão parece finalmente libertar-se do fenomeno Figo, ganhando espaço na equipa, aparecendo mais nas alturas decisivas, sem receio de falhar. E é isso que se pode a lideres, não é marcando golos em amigáveis contra o Luxemburgo. Espero muito dele a partir de agora, sem a sombra de Figo a assombrá-lo. Será Quaresma o futuro fantasma?...

Boa Morte: 6
Uma desilusão! 99% dos portugueses optariam por Quaresma e eu aceitei a escolha de Scolari uma vez que Boa Morte tem feito parte do grupo e foi o infeliz que ficou á porta do Euro04. Ou seja, era uma ingratidão fazer o mesmo. Finda a prova, e por muito que possa custar, creio que os interesses da equipa são mais importantes que os pessoais. Luis Boa Morte, jogador respeitado em Inglaterra, não serve para o modelo de jogo da selecção. É um bom jogador de clube, um péssimo jogador de selecção. Está na altura de encostar e dar lugar a outros. Não te lamentes Boa Morte, já chegaste onde muito nem sequer sonham chegar, mas acabou-se!

Postiga: 10
Merece a nota positiva porque mais uma vez arrasou no penalti aos ingleses. Fantástica a forma como deixou o GR inglês prostado a meio da baliza, como se tivesse os pés presos ao solo! Estou ansioso pelo próximo embate a penalties! Tirando isso mostrou o que já se sabe dele, não é um ponta de lança puro, mais um jogador que pode jogar ao lado desse mesmo ponta de lança. Se foi assim que foi “criado” nas escolas das Antas e se foi assim que ganhou fama… porquê querer obter dele algo que ele não é nem nunca será?

Nuno Gomes: 10
Merece a nota pela imagem de promessa que deixou no ar. Quando aquele centro milimétrico de Figo aterra na cabeça de Nuno Gomes disse para mim próprio: “muito camelo vai agora dizer que se Nuno Gomes tem jogado desde o inicio as coisas teriam sido diferentes”! Errado! Ou certo, quem sabe! O que eu sei é que o pobre diabo estava lesionado e, se Scolari não apostou nele como segunda escolha, foi porque simplesmente sabe mais do que nós! Nuno Gomes com mais uns minutos em jogo provavelmente escangalhava-se todo! Prefiro pensar nessa teoria que noutra qualquer, mais palerma. Se Scolari não gostasse de Nuno Gomes não o teria convocado.

Quim e Paulo Santos: sem nota
Estes dois foram os felizes contemplados do sorteio de dois lugares a acompanhar a selecção portuguesa. Podia Scolari ter sido um porreiraço e ter dado lugar aos dois, à vez, no jogo frente ao México, mas paciência. Mais sacana foi o fascista do Manuel da Luz Afonso, que deixou sem jogar uma data de grandes jogadores apenas e só porque os seus queridos do Benfica eram insubstituiveis. Em 1966 sim, de facto, perdemos uma grande hipotese por incompetência do seleccionador. Em 2006 fomos até onde podíamos. E fomos brilhantes. Obrigado Portugal.

domingo, julho 16, 2006

Balanço WC2006: I - Scolari



Portugal é um país mesquinho. O que Scolari e seus jogadores fizeram, fizeram-no contra um bloqueio minoritário mas mesmo assim inaceitável. Existe quem neste país teime em não dar crédito a quem o merece, enquanto que noutros países (inglaterra, espanha e até já brasil) anseiam pelo que temos. É o cúmulo do ridículo.

Em Portugal alguns erram, outros não. É a conclusão que se me oferece tirar ao ler quem ainda tem coragem de apontar os erros (evidentes) de Scolari mesmo após tudo o que conseguiu. É que parece que apenas a Scolari não é permitido cometer erros. Todos podem cometer erros menos ele, mesmo atingindo níveis para os quais não tem bases. Concluo que existe uma pequena franja de portugueses infalíveis (e não se trata de Cavaco Silva pois este aplaudiu a selecção). Não compreendo como estamos como estamos com tantos infalíveis. Scolari comete erros como qualquer pessoa, mas os seus verdugos recusam reconhecer-lhe o mérito do que atinge. O que atinge passa a ser automaticamente o "mínimo aceitável face ao que tinha nas mãos".

Enfim... quem tiver paciência que os coma pois eu já não a tenho. Repito: identificando as limitações e erros de Scolari agradeço-lhe de forma sentida as alegrias imprevistas que me ofereceu tanto no Euro 2004 como agora no mais significativo Mundial 2006. E a quem tiver dúvidas sugiro o seguinte exercício: comparem o número de vitórias de Portugal, em qualificações e torneios, desde o início do Euro 2004 até ao final deste Mundial 2006 com os gigantes mundiais, nomeadamente os 7 que já foram campeões do mundo, e digam-me quantos ficam à nossa frente em termos de produtividade nos últimos 2,3 anos.

Scolari, como se esperava, criou um grupo forte, unido e muito solidário. Por mais do que uma vez se conseguiu perceber que dentro do terreno de jogo reinava um grande espírito de união e sacrifício, criado em prol do colectivo. E, como que calando quem afirmava que Portugal não entusiasmava, a FIFA atribuiu a Portugal o prémio “Equipa com Futebol mais Atraente”. Enfim, quem quiser que os ature, eu prefiro outras coisas bem mais interessantes que fazer da má lingua e inveja uma forma de vida.

sábado, julho 15, 2006

FIFA - Mundiais de Futebol: Os melhores momentos!

Itália Campeão Mundial



Não foi uma final bem jogada, mas não me recordo de ter assistido a uma com qualidade. A de 1998 teve bons momentos mas é suposto esperar mais das duas selecções que vão disputar o ceeptro mundial. O cansaço de 7 jogos em 3 semanas explica muito, até porque, por norma, os seleccionadores optam quase sempre por um pequeno nucleo de 15/16 jogadores, sendo raro o que dá real utilidade aos 23 convocados. Ora, como é facil perceber, a maioria dos jogadores que entram em campo na final, fazem-no já com 6 (minimo 5) jogos nas pernas, jogos esses que são disputados sempre com grande intensidade e, muitas vezes, de grande esforço mental. Não é só fisicamente que se nota o cansaço acumulado, mentalmente, apesar de estarem na final, estou certo que os jogadores já estão nos limites, tantos jogos feitos sob intensa pressão para não falhar, já que nesta competição (sobretudo nesta onde um golo decide quase sempre o apurado) um erro é sinonimo de desilusão de uma nação inteira. E ninguém quer ficar conhecido como "o tipo que nos arrumou do mundial..."


Mas voltando à final, reconheço que tive uma desilusão: Elizondo Rodriguez, o arbitro argentino que tinha feito um Mundial de nível fabuloso, errou vezes demais. A começar logo aos 5 minutos, com uma simulação do português Malouda (o erro é propositado, da forma como o tótó do Domenech falou dos simuladores portugueses, ficou a impressão que o resto do planeta nao simula... tantos anjinhos...), passando por um real penalti sobre o mesmo Malouda na segunda parte, a verdade é que Elizondo Rodriguez não influencia o nome do futuro vencedor mas sai da prova com a imagem beliscada. E é pena, esteve brilhante nos outros 4 jogos que arbitrou, incluindo o Portugal vs Inglaterra.

Quanto ao jogo destaco então a frieza (e sorte) italiana em empatar rapidamente o encontro, com um golo de Materazzi (o mal amado, que substituiu o lesionado Nesta e foi fundamental para a Italia chegar ao titulo...) e, verdade seja dita, a primeira parte foi italiana. O empate ao intervalo era uma benção para uma França muito fraca.

Só que o futebol tem destas coisas. Quem diria que a feição do jogo mudaria de tal forma? Não só os franceses melhoraram na troca de bola como os italianos, estranhamente, se encolheram e esperavam pelos... penalties! Depois da exibição majestosa frente aos alemães, confesso a minha desilusão.


O momento do jogo acontece já em pleno prolongamento, a dez minutos da sua conclusão. Zidane, com o seu caracteristico mau feitio, prega uma valente tolada no peito de Materazzi. E aqui a sorte é toda italiana, já que fosse Zidane da altura do italiano e, com tamanha violência, ainda hoje andariam à procura de fragmentos da cabeça do tosco do Materazzi.

Ironia à parte, foi triste ver Zidane cair na armadilha italiana. E não vou condenar Materazzi, apesar de não gostar de jogo sujo, porque tenho a certeza que Zidane já foi insultado centenas de vezes! E, apesar de já ter reagido mal a algumas delas, com 34 anos, a 10 minutos do fim da sua carreira, com milhões de olhos colocados em cima dele de toda a parte do Globo... devia ter controlado a fúria. Zidane julgou-se impune porque o arbitro estava de costas e porque acreditou que o auxiliar não teria coragem de o expulsar. Enganou-se, e ainda bem. Enquanto os jogadores não andarem com microfones para poderem ser castigados pelas suas palavras... podem dizer o que bem lhes apetece. O suposto insultado é que não pode reagir de tal maneira, até porque abrir-se-ia um tremendo caso: e se o cabeçeador não tiver sido insultado? Já estou a ver um mediocre jogador, a mando do treinador, cabeçear a vedeta da equipa adversária, serem os dois expulsos, e vantagem pro agressor! Repito, enquanto não existirem provas cabais de insultos (e basta que o arbitro esteja por perto, por exemplo), Materazzi nunca poderá ser expulso. Nem ele nem todos os Materazzis de lingua afiada que entram em campo todas as semanas, por todo o Planeta.

Tudo somado, deu uma vitória aos penalties para os italianos, 100% eficazes. Pode até nem ter sido justo, mas bem vistas as coisas, e da forma como a prova decorreu, o troféu ou ia parar às mãos de Portugal ou Alemanha, a existir justiça. Sendo assim, ganhou o defensor do catenaccio, prova que o criador ainda domina o monstro. É triste é ver que todos, com maior ou menor evidência, jogam com o catenaccio na mente. E, se isto continuar, em 2010 já tenho um favorito: Itália, obviamente.

sexta-feira, julho 14, 2006

WC'06 - 3º/4º lugar: Alemanha - 3 Portugal - 1

No jogo mais inutil do Mundial (para quando a sua anulação?) veio a melhor exibição de Portugal! Infelizmente, e porque o futebol é mesmo assim, veio igualmente o pior resultado de jogo, um 3-1 que esteve quase a ser um 4-0!

Quem nao assistiu á partida fica com a impressão que me devo ter enganado quanto à exibição da equipa das quinas. Mas não, foi mesmo Portugal a falhar e a Alemanha a marcar! E, mais uma vez, a 7ª em 7 jogos, fomos a equipa vitoriosa em todos os itens atacantes do jogo, sejam remates, cantos, cruzamentos, ataques, posse de bola. Posso estar enganado, mas creio que mesmo no jogo com o Mexico tal sucedeu. E, nesse jogo, não esquecer, estavam 5 jogadores habitualmente titulares... na bancada!

O que sobra ainda deste ultimo jogo é que é realmente uma blasfémia colocar os nomes Eusebio e Pauleta, juntos, na mesma frase! O homem do queijo voltou a revelar-se ridiculo numa grande competição e os seus pifidos 47 golos valem o que valem e só demonstram que existem excesso de jogos contra selecções do 4º e 5º mundo! Quem, como eu, se der ao trabalho de ver os adversários a quem Eusebio e Pauleta marcaram golos, verificarão que apenas 9 dos 47 golos de Pauleta foram marcados a adversarios dignos de respeito! Ora, só essa quantidade, marcou Eusebio no Mundial de 1966! Se este jogo representou o final da carreira internacional de Luis Figo e Pauleta, lamento pelo primeiro, um jogador que ainda daria muito jeito no Euro'08, nem que fosse para jogar 15 minutos, como se viu frente á Alemanha! Luis Figo, herdeiro por direito do trono de Eusebio, um exemplo do aluno que supera o mestre.


Esta partida marcou a despedida de dois "gigantes" do futebol - Luís Figo e Oliver Khan. Cada uma à sua maneira marcou o futebol mundial na ultima decada/decada e meia. E como tal serão recordados para sempre pela tribo da bola, ao cotnrario de outros que, embora carregados de trofeus, em nada contribuiram para se distinguirem dos demais. Não é para quem quer mas sim para quem pode...

PS:

Andava toda a gente com a expressão do "até os comemos" na boca; eles eram a laranja, os bifes, o chilli... no final de tão grande pratada faltou espaço para a Alemanha... quem os manda ser glutões :)

terça-feira, julho 11, 2006

1/2F Mundial'06:Portugal - 0 França - 1


Chegar a uma meia final era o desejo das 32 selecções presentes na competição. Quer dizer, tirando o Brasil, para quem só chegar à final seria uma campanha bem sucedida. Portugal, embora não jogando o futebol que conquistou tantos adeptos por essa Mundo fora, alcançou uma meta que não pode nunca ser menosprezada. Se é verdade que em 1966 tivemos o melhor marcador e jogador da competição e o mundo ficou admirado não pelos resultados, mas pela forma como jogámos, em 2006, quer queiramos quer não, deixámos uma imagem de gente aguerrida, com mais vontade do que engenho. A verdade é que continua por provar que somos capazes de vencer.

O que faltou então para alcançar a final desejada? Bem, faltou um pouco de tudo, mas sobretudo que as 3 estrelas da equipa não falhassem, simultaneamente, num jogo decisivo! Ricardo Carvalho, Deco e Figo ficam ligados a uma derrota que tem tanto de injusta para Portugal como de correcta para o resto do Mundo.

Ricardo Carvalho é um dos melhores centrais do planeta mas cometeu um deslize imperdoável para o seu nível. Uma pequena distracção foi fatal, ainda para mais quando Thierry Henry, tal como Cristiano Ronaldo e tantos outros grandes jogadores... também simula e sabe bem como fazê-lo! É obvio que há contacto mas não o suficiente para derruba-lo se fosse no meio campo. E, para mim, quando um jogador não cai a meio campo, também não deveria cair na grande area! Mas Carvalho, até por saber isto ainda melhor do que eu, não tem desculpa nesse lance.


Deco foi uma desilusão. Começou excelentemente o jogo mas, em 15 minutos, perdeu o tino e foi triste ver Figo, por duas vezes, completamente sozinho na lateral e Deco tentar... a jogada individual! Não é este jogador que brilha em Barcelona nem é este jogador que foi naturalizado á pressa para jogar por Portugal. Duvido que o velho Rui Costa fizesse pior...


Luis Figo nunca foi um cabeceador. Não me recordo ver um golo de cabeça marcado por Figo, e eu sigo a carreira dele desde o seu inicio! Bem, vem-me agora à memória um jogo em 1993, um Benfica vs Sporting, disputado logo a seguir ao trágico acidetne do promissor Cherbakov. Aí o Sporting abre o marcador após cabeçada de Figo. Mas um golo em 16 anos de carreira é demonstrativo da falta de "habilidade aerea". Foi portanto um tremendo azar para Portugal ser Figo o homem que surge a cabeçear aquela "bola de golo" a 10 minutos do final, com Barthez já batido. Era só encostar e, embora Postga tenha atrapalhado, não posso desculpar Figo nesse lance. Até porque sinto que alcançado o empate a vitória não fugiria.

A verdade é só uma: Caímos de Pé! É um facto que voltamos a cair perto da grande meta, mas só posso sentir orgulho nesta equipa que, durante um mês, deixou-nos sonhar bem alto!


PS:

Palavra final para Ricardo Carvalho. Logo no final da partida assumiu que cometeu falta para grande penalidade no lance com T. Henry. Um grande jogador e um homem correcto. Um futuro capitão da nossa selecção, sem dúvida

quarta-feira, julho 05, 2006

Antevisão do Portugal vs França '06


Foi esta, entre outras provocações, que despertou a França e os seus jogadores da letargia e os trouxe de novo ao bom futebol e à forte esperança de conquista do Mundial.

Os espanhois, como é seu apanágio, e não resistindo à sua mania de superioridade, humilharam e espremaram o ego dos seus adversários, esquecendo-se que esse género de atitudes tem, por norma, uma grande relevância para o fortalecimento do espirito de grupo dos adversários! Não tenho dúvidas que, se a equipa espanhola entrasse em campo mais temerosa do real valor do seu adversário e, aquando da vantagem que lhes caiu do céu, tomassem os devidos cuidados e não se fiassem nos constantes foras de jogo de Henry (e foi assim que Ribery conseguiu iludir a defesa e caminhar isolado para o golo do empate...), estaria agora, provavelmente, a discutir connosco o apuramento para a final.

Sou contra o insulto gratuito. Mas adoro humor, sobretudo o bom. Tenho visto excelentes cartoons, algumas boas anedotas e, sinceramente, enoja-me coisas como as duas ultimas capas do PASQUIM. Chamar idiota ao Ribery e desejar depenar frangos é de baixo nível e pressupõe uma atitude arrogante. O que vale é que esse jornal de embrulhar peixe não entra na lista de preferências da leitura de Scolari e que ele, seguramente, não deixará os seus jogadores colocarem a vista em cima. É necessário grande respeito pelo adversário, em especial sobre Zidane, o qual tem sido alvo de piadas fáceis porque já anunciou a sua retirada aquando da sua eliminação do Mundial!

Respeitem o adversário e mais perto ficarão da grande final. É esse o meu conselho.

WC: 1/4F - Portugal - 0 (3) vs Inglaterra - 0 (1) a.p.

Mais uma batalha épica que culminou na passagem da selecção portuguesa às meias finais da competição. Um momento épico para um País habituado a sofrer com o fado das derrotas e das vitórias morais. E, por muito que alguns pseudo portugueses chorem a falta do bailinho e do futebol habilidoso sem propósitos que não animar as bancadas, eu prefiro estar do lado dos vencedores e ver a minha selecção na boca do Mundo! Somos finalistas (entre 4) da maior competição futebolistica mundial e que, em termos desportivos, só perde para os Jogos Olimpicos de Verão! Por isso que se calem os velhos do Restelo que vai tocar o hino nacional, apenas pela segunda vez em 76 anos de competição, numa meia final!


Do jogo frente aos ingleses é imperdoável não destacar o nome do herói numero 1: Ricardo! Pela primeira vez na história de mundiais, um guarda redes para 3 remates! E nem precisou de 5 tentativas! Um feito que, embora envolto no facto sorte, é merecedor de grandes elogios porque se fosse fácil já muitos o teriam feito! O mérito a quem o merece, e Ricardo merece-o! Obrigado labrecas, é por tua causa que milhões de portugueses ainda se vão sentar hoje frente à tv com esperanças de se sagrarem campeões mundiais.

Aqui ficam as defesas para a posterioridade:


1º Remate de Frank Lampard


2º Remate de Steven Gerrard


3º Remate de Jamie Carragher




A Estupidez de Roy Hogdson


Este sujeito, inglês de berço, foi o escolhido pela FIFA para eleger o MVP do encontro do passado sabado. Roy Hodgson, membro do Grupo de Estudos Técnicos (TSG) da FIFA, foi de uma parcialidade a todos os titulos notável, e aqui se vê que homens justos, correctos e imparcais, não abundam! Este sujeito não merecia sequer destaque, mas é bom que se tenha noção da forma clara como a FIFA dá preferência aos seus membros de elite, algo que não será de espantar na arbitragem do jogo frente à França. Esperemos é que isso não seja suficiente para parar os nossos craques.

Citação de Record:

"A escolha do inglês Owen Hargreaves como o melhor em campo do jogo em que Portugal eliminou a Inglaterra do Mundial foi, no mínimo, discutível mas se atendermos a que o membro do Grupo de Estudos Técnicos (TSG) da FIFA que fez a análise do encontro de Gelsenkirchen foi Roy Hodgson a decisão começa a entender-se. É que o antigo seleccionador suíço e ex-treinador do Inter de Milão é... inglês.O mais incompreensível é que Hodgson é apenas um dos 14 membros do TSG e o único inglês. A sua visão da partida dos quartos-de-final é, acima de tudo, uma exaltação constante do desempenho da formação britânica, derrotada no desempate por grandes penalidades."Foi uma actuação heróica da Inglaterra, sobretudo com apenas dez homens em campo, depois da expulsão de Wayne Rooney, aos 62 minutos. Apesar dessa desvantagem, a equipa de Sven-Goran Eriksson continuou a defender e a atacar inteligentemente, criando mais chances de golo do que os adversários", escreveu Hogdson, elogiando ainda Hargreaves como o melhor exemplo da exibição inglesa."Foi uma pena um jogo assim ter de ser decido na cobrança de penáltis, mas quando isso acontece, depende de qual a equipa que tem maior controlo emocional e, mais uma vez, a Inglaterra perdeu na decisão por grandes penalidades. Mas durante os 120 minutos, os ingleses foram melhor equipa e Portugal pode considerar-se feliz por sobreviver a este jogo", concluiu o técnico inglês."

domingo, julho 02, 2006

A História Repete-se... Obrigado Ricardo!

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